Aves de diferentes formas e cores: saiba mais sobre o dimorfismo sexual

Publicado por parquedasaves em 05/09/2023

Atualizado em 6 de setembro de 2023

Você já ouviu falar sobre dimorfismo sexualAlgumas espécies de aves não possuem diferenças visíveis que permitam diferenciar os machos das fêmeas.

Porém, outras espécies possuem diferenças bem marcantes e visíveis, que permitem diferenciar o sexo da ave.

Essa característica marcante e visível se chama dimorfismo sexual, que quer dizer duas formas (do grego di- dois, e morphe forma).

Algumas aves podem apresentar características físicas que ajudam a identificar o seu sexo, como a cor das penas ou o tamanho de bico, cabeça e cauda do animal.

Sanhaço-papa-laranja (Pipraeidea bonariensis) é uma ave que apresenta dimorfismo sexual e você pode observar o macho (à esquerda) no Viveiro Os Pequenos Marrons, aqui no Parque das Aves. Crédito das fotos: macho por Luiza Mallmann/iNaturalist (CC-BY-NC) e fêmea por Patrícia Nicoloso/iNaturalist (CC-BY-NC).

“O dimorfismo sexual em aves é a diferença na aparência visível entre machos e fêmeas de uma mesma espécie.”

Dimorfismo sexual pra quê?

O dimorfismo sexual em algumas espécies de aves surgiu ao longo da evolução por ter vantagens aos indivíduos, por exemplo em atrair parceiros, evitar predadores ou facilitar a identificação entre indivíduos.

Essas características podem ser benéficas para as aves, pois ajudam os machos a se destacarem na hora da corte entre tantos outros machos.

No entanto, também os torna mais vulneráveis aos ataques de predadores, o que acaba se tornando uma vantagem, visto que podem afastá-los para bem longe do ninho, garantindo a sobrevivência da prole e a perpetuação da própria espécie.

Por outro lado, as fêmeas se beneficiam dessas características mais discretas porque facilitam sua camuflagem para proteger os ninhos e os filhotes dos predadores que estejam próximos.

Mas note um detalhe: em alguns casos onde o macho incuba os ovos, e a fêmea não, a fêmea é mais colorida do que o macho, que é o caso no exemplo da pisa-n’água (Phalaropus tricolor).

Outro exemplo é o dos beija-flores, como por exemplo o beija-flor-de-topete-verde (Stephanoxis lalandi). O macho da espécie apresenta a coroa na coloração azul, faixa azul que parte da garganta e se estende até o ventre, face cinza e lateral da garganta branco, manto verde.

As fêmeas desta espécie de beija-flore apresentam a coroa e manto com tons dourados, garganta, peito e ventre mais claros.

Macho do beija-flor-de-topete-verde (Stephanoxis lalandi), com seu ventre todo azulado. As fêmeas possuem, por outro lado, barriga toda cinza, topete e cauda menor. Crédito da foto: Luciano Bernardes/iNaturalist (CC-BY-NC).

Espécies de aves com diferenças físicas visíveis aos humanos

Confira algumas aves que ocorrem na Mata Atlântica e apresentam dimorfismo sexual. Algumas, inclusive, podem ser observadas aqui no Parque das Aves, em Foz do Iguaçu:

Mutum-de-penacho (Crax fasciolata): O macho é preto com a região da barriga branca e a fêmea tem a plumagem preta listrada de branco, cabeça e pescoço preto, peito canela e barriga bege. Essa espécie pode ser observada no Parque das Aves.

Quando vier ao Parque das Aves, tente encontrar o macho e a fêmea do mutum-de-penacho. Ficou em dúvida? Pergunte para um educador ambiental no Viveiro Os Pequenos Marrons.

Tangará-dançarino (Chiroxiphia caudata): Os machos têm plumagem azul-celeste, cauda preta com duas penas centrais mais longas que as outras e, no alto da cabeça, uma brilhante coroa vermelha. As fêmeas são verde-escuras, cauda mais longa que a dos machos. Inclusive, você já deve ter visto em algum lugar o cortejo do macho à fêmea.

O macho (à esquerda) e a fêmea (à direita) de tangará apresentam dimorfismo bem visível e fácil de diferenciá-los. Crédito das fotos: macho por Carlos Moura/iNaturalist (CC-BY-NC) e fêmea por bgenet/iNaturalist (CC-BY-NC).

Araponga (Procnias nudicollis): Os machos adultos são inteiramente brancos, exceto os lados da cabeça e garganta, que são nus, de cor verde-jade onde se implantam raras cerdas pretas. A fêmea adulta tem a parte superior verde-oliva, com a cabeça cinza e a parte inferior amarela com estrias amarelas-esverdeadas e cinzentas. O macho da espécie pode ser observado no Parque das Aves, no viveiro de imersão Os Pequenos Marrons.

A araponga macho (à esquerda) se destaca e se diferencia da araponga fêmea (à direita) por ser quase toda branca. Crédito da imagem da fêmea: Rafael Boni/iNaturalist (CC-BY-NC).

Canário-da-terra (Sicalis flaveola): o macho possui cor amarelo-olivácea com estrias enegrecidas nas costas e próximo das pernas. Já a fêmea tem a parte superior do corpo olivácea com densa estriação parda por baixo. Tanto o macho quanto a fêmea podem ser observados no Viveiro Os Pequenos Marrons, no Parque das Aves.

O canário-da-terra macho (à esquerda) chama a atenção pela sua cor amarelada, enquanto a fêmea (à direita) possui uma cor mais próxima do cinza. Tanto o macho quanto a fêmea podem ser observados no viveiro de imersão Os Pequenos Marrons. Mas é preciso paciência, já que são aves bem pequenas. Crédito da imagem da fêmea: Luciana Chiyo/iNaturalist (CC-BY-NC).

Ingresso e como chegar

Agora é a sua vez: venha ao Parque das Aves, em Foz do Iguaçu, a única instituição do mundo focada na conservação das aves da Mata Atlântica.

Ficamos em frente das Cataratas do Iguaçu, é só atravessar a rua!

Clique aqui para informações sobre preço dos ingressos, descontos, horários e muito mais.

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