Refletindo sobre água limpa no Dia Mundial da Água

Publicado por parquedasaves em 21/03/2019

Atualizado em 30 de janeiro de 2023

Tempo de leitura: 3 minutos

Em 1992, a Organização das Nações Unidas estipulou o dia 22 de março como Dia Mundial da Água, com a intenção de alertar a população mundial sobre a importância da conservação dos recursos hídricos naturais.

O Parque das Aves, localizado em Foz do Iguaçu, é vizinho do Parque Nacional do Iguaçu, famoso pelas Cataratas do Iguaçu, considerada umas das 7 novas maravilhas da natureza. Por dentro do Parque Nacional passa o rio Iguaçu, que se destaca pelo seu longo comprimento e incríveis belezas que ali habitam.

Mapa do Parque Nacional do Iguaçu e cidades ao redor (Foto: Google Maps)

Da nascente do rio até o encontro com o rio Paraná, o Iguaçu abriga milhares de espécies de peixes. 70% delas só existem neste rio e não são encontrados em nenhum outro lugar no planeta! Que incrível, né?

Surubim-do-iguaçu (Steindachneridion melanodermatum), peixe nativo do Rio Iguaçu (Foto: Blog Rio Iguaçu)

Porém, essa grande fonte de biodiversidade está seriamente ameaçada pela ação humana. A Fundação SOS Mata Atlântica realizou uma expedição que percorreu os 1.100 quilômetros do rio, analisando as condições da água. Isso só foi possível devido a ajuda de 3.600 voluntários do projeto “Observando os Rios”, que auxiliam no monitoramento de 230 rios dentro dos 17 estados da Mata Atlântica e do Distrito Federal. Segundo a SOS Mata Atlântica, o rio Iguaçu está à beira da morte: conforme a resolução CONAMA 357 (Conselho Nacional do Meio Ambiente), que categorizam os rios de 1 a 4 dependendo da qualidade da água (sendo 1 a melhor e 4 a pior), o rio Iguaçu foi rebaixado da classe 2 para a 4!

Os principais fatores de deterioramento do rio são a ausência de saneamento com despejo do esgoto doméstico e industrial no rio, a destruição da mata ciliar (florestas nativas que ficam às margens do rio) que evita a entrada de resíduos sólidos nas águas e a entrada de agrotóxicos diretamente no Iguaçu quando chove.

Monitoramento de águas com voluntários do projeto “Observando os Rios” (Foto: SOS Mata Atlântica)

Felizmente, a resiliência da natureza mostra a capacidade de um ecossistema responder à perturbação. O rio é capaz de se recuperar se houver algum esforço humano, porém, isso dependerá da ação conjunta da população de dois estados (Paraná e Santa Catarina) e dos órgãos governamentais e instituições privadas das regiões próximas.

Algumas ações iniciais de reconstrução do leito incluem restabelecer uma mata ciliar vigorosa, inibir o despejo de esgoto não tratado e fortalecer a educação ambiental com as populações dos municípios cujos arredores possuem corpos d’água. Todas essas medidas ajudam muito na melhoria da qualidade da água, porém é um trabalho que deve ser levado adiante de forma contínua para que a situação do rio possa melhorar!

Para ajudar a conservar o Rio Iguaçu, faça uma doação de qualquer valor para a fundação do SOS Mata Atlântica.

Para saber mais sobre o projeto “Observando os Rios”.

Análise de água durante atividades do projeto “Observando os Rios” (Foto: SOS Mata Atlântica)

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